domingo, 10 de agosto de 2008

Diego, Melissa.

- Mel! – Por mais que minha maior vontade era abraçá-lo e dizer o quanto eu estava com saudades, e que eu ainda o amava. Não pude. Afastei-me um pouco, senti que as lágrimas me tomavam de conta por dentro. Mas resisti. Sorri. E falei:
- Ah. Oi Di.. Diego. – Ele me olhou, seus olhos brilhavam como nunca, para não enfrentar aqueles lindos olhos verdes que me deixavam louca, abaixei a cabeça esperando sua reação. De repente não tinha mais ninguém por lá, só estavam eu e ele.
- Oi Mel, como você está? – Pegou na minha mão me convidando para sentar. – Como foi lá? Estava morrendo de saudades. Você não me ligou não me deu nenhum sinal de vida durante esse tempo todo. O que você tinha na cabeça? – Disse brincando e sorriu.
- Bem, a viagem foi ótima. Na verdade eu só voltei para pegar alguns papéis do colégio. Papai disse que vai ser necessário algumas declarações pra eu ingressar na faculdade. – Um minuto de silêncio, ele não disse nada. Paralisou, acho que não sabia o que falar. Ele tinha sido tão gentil, e eu fui tão fria. Mas o que ele queria que eu fizesse?
Saiu de transe e falou:
- Então, você vai voltar para Nova Iorque Melissa? – Ele já não usava o mesmo tom de voz, agora parecia que nem era ele que estava falando. De repente ficou frio, como se nem me conhecesse. Eu não pude fazer nada. E nem queria.
- É. Vou sim. – Minhas mãos estavam suando, eu não podia continuar ali, a situação estava ficando estranha, e eu nem sabia mais como agir. Então me levantei, e sai. Ele pegou no meu braço, e falou:
- Ainda vou te ver né, Mel?
- Acho que sim, vou passar quinze dias aqui. Minha vida ta uma correria por causa da faculdade. Nos vemos. Tchau. – Sai sem nem ao menos escutar o que ele tinha a dizer.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

marcas

Ela baixou a cabeça, e de repente sentiu um aperto enorme no seu coração. Como era possível? Ela tinha superado, era consciente disso. Os dois anos fora tinham sido suficientes o bastante para esquecê-lo. Mas não foi. Ela se enganou.
Quando o viu, ficou paralisada. Mas assim que saiu de transe, virou o rosto e saiu de lá o mais rápido possível para que ele não a visse. Não era possível. Parecia que nada tinha mudado. Ele estava ali, lindo, perfeito. E ela, ah ela era a mesma garotinha popular, fofa, gentil, linda como sempre. Quando menos tinha percebido já havia muitas meninas ao seu redor, perguntando como tinha sido a viagem pros Estados Unidos, o que ela tinha feito lá, e porque tinha voltado pro Brasil. Ela queria sair dali o mais rápido possível, mas não pode evitar. Quando olhou para trás, ele já estava vindo em sua direção. Sorrindo. Ah. Como ele estava lindo, aquele sorriso a derreteu por dentro, mas por fora tentou ser a mais fria possível.
Eles se encontravam no centro do pátio central do colégio, ela não poderia sair sem ao menos dar satisfações a ninguém. Ela não era assim. Então agüentou a pressão e agiu tranquilamente. Ela olhou pra ele, sorriu. E ele o mesmo, e falou: ..

quinta-feira, 31 de julho de 2008

:)

Close your eyes and think of me
And soon I will be there
To brighten up even your darkest night.

terça-feira, 29 de julho de 2008

the end.

Ele a olhou nos olhos. Lindos, como ela. Mas agora ele os via chorar, por sua causa. Com um pouco de receio, e vergonha também, tentou se aproximar, mas ela o evitava. A menina parecia não ter vida, chorava sem parar, e ninguém sequer quis ajudá-la, ninguém pra acalentar sua dor, ninguém para falar palavras sinceras e de apoio. A não ser ele, que continuava ali na sua frente a olhando fixamente sem dizer uma palavra, intacto, arrependido. Por um segundo ele começara a chorar também, a coisa estava saindo do controle. A garota não estava agüentando, era demais para ela. O namorado a traíra, com sua melhor amiga. Ela não suportava, saiu dali correndo, torcendo para nunca mais vê-lo na sua vida. E ele? Simplesmente não fez nada, mas ele a amava, mesmo. Agora tudo tinha acabado. Pensou.

domingo, 27 de julho de 2008

living in my own world.

dizem por aí que a terra do nunca existe, e que lá você pode ser o que quiser, e que nada te impedirá de realizar seus sonhos se você tem força, determinação e coragem, porque la não existem vilões, la os vilões tambem sonham, eles tambem querem fantasia, querem amor, carinho, talvez eles sejam nós mesmos, espere, nós nunca seremos ruims, nunca é uma palavra tão forte, tão comprometedora, só aqueles que confiam em si mesmo e que possuem opinião propria, podem usar a palavra 'nunca' com tranquilidade, e são esses mesmos que acreditam que em um dia qualquer irão acordar e verão que um mundo enorme la fora o espera, e levantarão de suas camas confortaveis, de seus jornais no meio das ruas, de calçadas frias, duras, de redes enormes, as vezes pequenas, e se ofucarão em milhares de pessoas andando pelas ruas, felizes, saudando a alegria, a esperança, e o amor. Essas pessoas buscam nada mais que a igualdade entre os seres, entre os animais, mendigos, empresarios, vendedores, comerciantes, operarios, garis, faxineiras, e graças o nosso Pai, que um dia nos criou, nos fez brotar sentimentos, maus ou bons, mais principalmente, nos deu a vida! Ele nos juntou em um lugar chamado Terra, uma lugar onde os passarinhos cantam alegremente, onde o verde do orvalho das flores nos enchem de magia a cada amanhecer. Essa é a nossa Terra, A Terra do Nunca, onde nós podemos confiar no proximo de olhos fechados, porque saberemos que estamos em boas mãos, onde nossos corações se apaixonem intensamente e para sempre, onde possamos brincar de ser criança, porque aqui é a terra da juventude, onde o tempo esta do nosso lado, e nada nada passara depressa se você esta feliz, vivendo intensamente, e por toda a eternidade.
vivemos numa sociedade fútil não deixe de ser você mesmo, não perca sua própria essência.

domingo, 20 de julho de 2008

o anjo.

Passaram-se muitos anos desde que tudo aconteceu, lembro-me daquela tarde de outono, quando eu corria para longe daquela casa, daqueles problemas. Eu era uma típica garota rica da cidade e meus amigos me chamavam de Mel, apenas eles, pois meus pais e criados me tratavam como Mellina Boier. Eu corria bastante para uma menina mimada, só não corria mais por conta do channel número 35 que denunciavam pés pequenos para uma garota de 17 anos. Corri em direção ao Central Park, meu lugar favorito. Era lá onde eu ia quando precisava pensar, quando eu não queria esbarrar com nenhum rosto familiar; onde só eram eu, aquele velho banco e os pássaros.
Em um piscar de olhos apareceu um garoto na minha frente. Eu estava sentada com a cabeça baixa, então fiquei um pouco assustada com aquele rosto me fitando. Por um momento pensei em mandá-lo embora aos gritos, mas havia algo no seu olhar que me deixou sem ação. Houve um silêncio incômodo. Ele finalmente falou: - Eu acho que você não se lembra de mim, mas eu te conheço, Mel. Sinto algo diferente em você. – Foi aí que eu notei aquele rosto. Era Miguel, o responsável por limpar a piscina onde eu passava a maior parte do tempo. Mas eu nunca o tinha notado, confesso que sou um tanto distraída. E ele estava certo, havia algo diferente em mim, eu já não via mais graça em sair pulando e mexendo meus pompons cor-de-rosa gritando “me dá um W, me dá um O, me dá um L, me dá um F! Vai WOLF!”, e já estava cansada de tanta falsidade ao meu redor. E antes que eu pudesse dizer ao Miguel que o reconhecia, pingos de chuva começaram a cair do céu tão rapidamente que só deu tempo da gente correr para qualquer lugar que nos protegesse daquela água toda. Era uma sorveteria aconchegante e, devo dizer, com um sunday maravilhoso. Então ficamos lá, esperando a chuva passar e o céu se acalmar, conversando por várias horas.
Hoje, 20 de outubro de 2008, é meu aniversário de 30 anos. Estou aqui na sorveteria perto do Central Park relembrando esse fato que acabo de escrever. Não posso esquecer de mencionar o motivo da minha revolta adolescente daquela tarde de outono. Não era mais uma das minhas crises de identidade. Meus pais haviam me contado sobre o divórcio repentino deles, e antes que eu pudesse ouvir o motivo daquilo tudo eu já estava correndo em direção a qualquer lugar, pronta para não viver mais, para talvez fugir daquele inferno que eu chamava de vida. Graças aos céus e àquela chuva, e ao Miguel é claro, eu consegui me recompor e voltar para casa. Passei a viver a vida com mais alegria e sai daquele mundo superficial em que fingia viver. O Miguel? Nunca mais o vi, mas também não o esqueci. Gosto de pensar que ele foi o meu anjo da guarda naquele dia e, por isso, todos os anos nessa mesma data, venho aqui na esperança de reencontrar o meu anjo perdido.

sábado, 12 de julho de 2008

típico drama escolar

Eram seis horas da manhã quando o despertador gritou como se estivesse em plena segunda guerra. As férias tinham acabado, era hora de voltar pra realidade. Jasmiê não era o tipo de garota que acordava contente a espera do primeiro dia de aula, não era mesmo. Era uma droga, odiava ir a escola. Ainda mais quando é o primeiro dia, em uma nova escola, mas pensou positivo; afinal era tudo novo, professores, amigos novos, ou seja, ela poderia ser quem quiser. Ah e como poderia.
Tomou banho, vestiu-se, olhou-se no espelho. Ela era linda, até com a droga do uniforme ela ficava bem. Cabelo liso, preto, quase batendo na cintura, olhos verdes que encantavam qualquer um, não era muito alta, mas tinha a altura certa pra quem estava no ultimo ano do colegial.
Passou lápis preto ao redor dos olhos, coloriu as bochechas com um pouco de blush, e passou um pouco de perfume. Ela não estava nem um pouco anciosa, mas sair de casa fedendo, ninguem merece. E saiu.